No mundo do cinema na Nigéria, está a surgir uma tendência preocupante: o custo de fazer um filme duplicou devido à desvalorização do Naira. Ifeanyi Azodo, Presidente Nacional da AMPRAC, revelou numa entrevista telefónica à Agência de Notícias da Nigéria (NAN) que há um ano, um filme poderia ser feito com um orçamento tão baixo quanto 4,5 milhões de Naira, mas agora é preciso até 10 milhões. Este aumento levou a uma redução nos compromissos dos produtores com os atores.
Azodo sublinha que esta situação preocupante leva os profissionais do cinema a diversificar as suas atividades para garantir a sua subsistência. Os atores, que recebiam cerca de 400 mil Nairas por filme, agora pedem até um milhão de Nairas. Este desenvolvimento afecta todos os géneros de filmes – Igbo, Hausa e Yoruba. Como resultado, produtores, realizadores, diretores artísticos e todos os envolvidos na indústria cinematográfica estão agora a explorar outros caminhos.
Perante este dilema, Azodo apela ao Presidente Bola Tinubu para agir rapidamente para estabilizar a economia. É crucial que o governo intervenha para apoiar o sector cinematográfico, facilitando o acesso a empréstimos favoráveis.
Esta nova realidade repercute não só nos profissionais do cinema, mas também nos amantes do cinema e na cultura cinematográfica do país. É essencial encontrar soluções para preservar esta indústria crucial para a sociedade nigeriana.
Em resposta a esta crise, é imperativo promover a criatividade e o engenho no setor cinematográfico, assegurando ao mesmo tempo medidas de apoio financeiro e estrutural para garantir a sua sustentabilidade.
Para saber mais sobre os desafios que a indústria cinematográfica enfrenta na Nigéria e as soluções previstas, consulte os nossos artigos anteriores sobre o assunto:
– [O impacto económico da desvalorização do Naira no cinema na Nigéria](link)
– [Como os atores do cinema nigeriano estão se adaptando à nova situação econômica?](link)