Muitas pessoas em Kinshasa começam a ser afetadas pela gastrite, uma doença que parece ter ganhado visibilidade nos últimos tempos. Dois factores principais parecem ser responsáveis por este aumento: o stress relacionado com o trabalho e a infecção pela bactéria Helicobacter.
Segundo o Dr. Jérôme Moyole, da policlínica Lemba Force Publique, o stress profissional pode levar à falta de apetite dos trabalhadores, levando-os a negligenciar a alimentação nos momentos apropriados. Essa falta de apetite, aliada ao estresse, pode danificar o revestimento do estômago, dando origem a úlceras gástricas e, nos casos mais graves, até ao câncer.
Da mesma forma, em crianças em idade escolar, o estresse associado à carga excessiva de trabalho, seja nas aulas ou em casa, também pode promover o desenvolvimento de gastrite. Algumas crianças são afetadas pela infecção por Helicobacter pylori desde muito jovens, o que pode levar a complicações graves se não for tratada a tempo.
Para tratar a gastrite, os profissionais de saúde geralmente recomendam refeições líquidas para permitir o descanso do estômago, bem como medicamentos antiácidos para aliviar os sintomas. Nos casos de gastrite crônica causada pelo Helicobacter pylori, geralmente é prescrito tratamento com antibióticos.
É importante reconhecer os sintomas da gastrite, como náuseas, dores abdominais, distensão abdominal, vómitos, indigestão, perda de apetite, etc., para poder consultar imediatamente um profissional de saúde caso ocorra necessidade.
Este aumento de casos de gastrite em Kinshasa realça a importância de cuidar da saúde, gerir eficazmente o stress e consultar um médico assim que surgirem sintomas preocupantes. A prevenção e a conscientização são essenciais para combater esta doença digestiva cada vez mais difundida.