“A RDC inicia a retirada da MONUSCO: rumo a uma soberania reforçada em termos de segurança”

O governo congolês e a ONU lançaram recentemente a primeira fase da retirada da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO), começando pela base de Kamanyola, na província de Kivu do Sul. Esta iniciativa visa dar à RDC maior autonomia em questões de segurança, reforçando simultaneamente a sua imagem a nível internacional.

O processo de desligamento, resultado de consultas entre as autoridades congolesas e a ONU, está previsto para ocorrer em duas fases, começando pelo Kivu do Sul. A Monusco, composta por soldados e polícias, verá a sua força de trabalho ser gradualmente reduzida para conseguir uma retirada completa até ao final de junho.

No centro desta transição está a necessidade de manter a protecção dos civis, especialmente das pessoas deslocadas internamente, o que representa um desafio significativo para as forças de segurança congolesas. Este contexto de segurança precário é marcado pelo ressurgimento de grupos armados em zonas sensíveis do Kivu do Sul, tornando essencial uma presença reforçada das autoridades congolesas para garantir a estabilidade da região.

Esta evolução estratégica da MONUSCO reflecte o desejo da RDC de assumir a responsabilidade pela sua segurança nacional, beneficiando ao mesmo tempo do apoio da comunidade internacional. Ao concentrar os seus esforços na protecção dos civis nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, a MONUSCO está empenhada em apoiar o governo congolês na sua transição para uma soberania reforçada em termos de segurança.

Este processo de retirada gradual da MONUSCO faz parte de uma dinâmica mais ampla que visa consolidar a estabilidade na RDC e promover o desenvolvimento sustentável do país. O sucesso desta transição dependerá da capacidade das autoridades congolesas para garantir a segurança e o bem-estar de toda a população, especialmente dos mais vulneráveis.

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