A partir de 27 de fevereiro de 2024, a região de Rutshuru foi abalada por trágicos acontecimentos envolvendo os habitantes do grupo Bambo. De facto, na sequência de um tiroteio que custou a vida a um oficial do M23 e feriu outro, os residentes das localidades de Lubango, Makengele e Rwabagabo foram forçados a abandonar as suas casas sob a ameaça dos rebeldes.
De acordo com informações recolhidas junto da sociedade civil local, os residentes foram forçados a encontrar abrigo em locais temporários, como escolas, igrejas e famílias de acolhimento. Esta situação preocupa muito os intervenientes locais, temendo um possível massacre contra civis, sob o pretexto de represálias.
Há receios de que os rebeldes do M23 procurem prender os residentes por razões de controlo e subsequente retaliação, uma reminiscência das atrocidades anteriores em Kishishe. Num ambiente tenso, o Instituto Birambizo também foi vandalizado e saqueado, numa nova demonstração de violência descontrolada por parte dos rebeldes.
O movimento de cidadãos “Visão para a Vitória do Povo” exige que os responsáveis por estes actos bárbaros sejam levados à justiça, recordando as flagrantes violações do Direito Internacional Humanitário observadas na região de Bwito.
Esta situação alarmante sublinha mais uma vez a necessidade de uma intervenção urgente para proteger civis inocentes apanhados no meio destes conflitos armados e para garantir a segurança e a justiça na região de Rutshuru.