Na República Democrática do Congo, um acontecimento político recente provocou fortes reacções: a adesão de um deputado honorário ao movimento rebelde Aliança Fleuve Congo (AFC) de Corneille Nanga, pondo em causa a legitimidade do Presidente Felix Tshisekedi e das instituições nacionais.
A mudança levou a respostas variadas no país. O Movimento de Libertação do Congo (MLC), liderado por Jean-Pierre Bemba, sublinhou que o deputado em questão já não era membro do partido desde Janeiro passado. Durante a sua conferência de imprensa, o deputado criticou fortemente o Presidente Tshisekedi, chamando-o de um problema para a RDC. Em particular, denunciou o que considera um golpe constitucional durante as eleições de Dezembro, bem como a corrupção e a interferência estrangeira que ameaçam a segurança nacional.
Por seu lado, o partido político ECIDE de Martin Fayulu atribuiu estas manifestações às frustrações pós-eleitorais, apelando ao actual regime para reforçar a unidade nacional. Além disso, o opositor Constant Mutamba defendeu o estabelecimento de um “Bloco de Resistentes Nacionalistas” para contrariar as tentativas de balcanização do país por parte dos países vizinhos.
Estas diversas reacções destacam as tensões políticas persistentes na RDC e sublinham os principais problemas que o país enfrenta. É essencial acompanhar de perto a evolução desta situação e os potenciais impactos na estabilidade política do país.