“Crise agrícola na Europa: Os agricultores exigem uma reforma urgente da ajuda pública”

A indústria agrícola na Europa está actualmente a ser abalada por uma onda de protestos e exigências de agricultores que apelam a uma simplificação do processo de concessão de ajudas públicas. Estes subsídios, embora tenham diminuído nas últimas duas décadas, continuam a ser cruciais para as economias desenvolvidas. Um estudo recente da Fundação para a Agricultura e Assuntos Rurais (FARM) descobriu um forte contraste entre países ricos e pobres em termos de apoio financeiro concedido aos agricultores.

Os números falam por si: os países mais ricos, como a América do Norte e a Europa, são os principais financiadores do seu sector agrícola. Em média, durante três anos, um agricultor na União Europeia recebe quase 12.000 dólares em ajuda pública, enquanto nos Estados Unidos este montante ultrapassa os 45.000 dólares. Por outro lado, nos países de rendimento médio, os montantes atribuídos aos agricultores são muito mais baixos, mal cerca de 100 dólares na Etiópia e caindo para 17 dólares no Gana.

A FARM destaca particularmente a situação em África, onde os governos dão prioridade à protecção do consumidor em detrimento dos produtores agrícolas. No entanto, são estes últimos que devem ser apoiados, como sublinhou a fundação durante a segunda cimeira sobre soberania e resiliência alimentar, realizada em Dakar, em Janeiro de 2023.

A questão crucial é, portanto, rever as políticas de ajuda agrícola para garantir uma distribuição mais equitativa dos recursos e apoiar os agricultores na sua missão essencial de alimentar as populações. Isto exigirá uma abordagem abrangente e medidas concretas para promover o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar a nível mundial.

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