Imagens de manifestações de protesto contra o aumento dos preços na Nigéria circularam nas redes sociais. Desde a declaração da remoção do subsídio aos combustíveis pelo Presidente Bola Tinubu, em Maio de 2023, os nigerianos têm enfrentado uma série de desafios económicos. O aumento dos preços do petróleo e dos alimentos levou a uma crise económica e social, agravada pela queda da moeda nacional, a naira, e pela crise alimentar que levou a um aumento insuportável do preço de produtos alimentares básicos como o arroz.
Em resposta a esta situação, o NLC convocou protestos a nível nacional nos dias 27 e 28 de Fevereiro de 2024. Mas mesmo antes de estes protestos começarem, grupos de cidadãos já se mobilizaram em todo o país para expressar o seu descontentamento. Em Lagos e Osun, centenas de pessoas reuniram-se para expressar a sua raiva e exigir medidas concretas para melhorar as condições de vida. Em Osun, ativistas apontaram o dedo ao governo federal por redistribuir os ganhos da remoção do subsídio aos governadores estaduais.
Os protestos também se espalharam para outros estados, como Edo e Oyo, e os protestos começaram mais cedo em estados do norte, como Níger e Kano. Estes protestos expressam o cansaço de uma população que sofre as consequências da crise económica e do aumento da insegurança, agravada pelos sequestros de civis por bandidos e sequestradores.
Confrontado com estas exigências crescentes, o Departamento de Serviços de Estado (DSS) apelou aos sindicatos para suspenderem os seus protestos, temendo que estes piorassem os problemas socioeconómicos do país. No entanto, os líderes sindicais rejeitaram este apelo, dizendo que o seu protesto era legítimo para defender os interesses dos cidadãos.
Estes protestos são um reflexo da raiva e da frustração sentidas por muitos nigerianos devido às crescentes dificuldades económicas que enfrentam. Demonstram um desejo de mudança e uma exigência de justiça e equidade por parte da população, que continua a lutar por condições de vida dignas e justas.