A República Democrática do Congo é um país que enfrenta muitos desafios persistentes que dificultam o funcionamento das suas instituições. Apesar das promessas de reformas e mudanças de regime, a situação parece estar presa num ciclo de disfunção sistémica. Este desamparo aprendido impacta o quotidiano dos cidadãos, deixando marcas indeléveis no futuro do país.
As infra-estruturas básicas são muitas vezes inadequadas, a educação e os cuidados de saúde continuam inacessíveis para muitas pessoas e a segurança alimentar é precária em algumas regiões. Além disso, a corrupção endémica mina o mecanismo da administração, minando a confiança do público e comprometendo as perspectivas de desenvolvimento económico.
É urgente questionar os fundamentos das instituições congolesas e iniciar mudanças profundas e duradouras. Isto requer uma mobilização política infalível, maior transparência e responsabilização dos intervenientes institucionais. A boa governação, a justiça social e o investimento em infra-estruturas devem tornar-se prioridades máximas para quebrar o actual impasse.
O futuro da RDC depende da sua capacidade de quebrar este ciclo de desamparo aprendido e preparar o caminho para um futuro mais promissor. Para conseguir isso, é essencial implementar reformas estruturantes, reforçar os mecanismos de controlo e promover uma cultura de responsabilização e integridade nas instituições.
Em última análise, superar o desamparo aprendido das instituições na RDC exigirá uma verdadeira mudança de paradigma, uma determinação inabalável e uma visão inclusiva para permitir ao país recuperar e ver um amanhã melhor.
PELUCHE MFITU
Polímata, pesquisador e escritor / Consultor sênior da empresa CICPAR
Espalhar o amor
Para mais:
– *Ineficácia da distribuição de ajuda humanitária na RDC*
– *Os desafios da reconstrução pós-conflito na República Democrática do Congo*
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