No coração da região da África Ocidental, uma cimeira extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) foi recentemente realizada em Abuja, capital da Nigéria. Os Chefes de Estado dos países membros da CEDEAO e da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) reuniram-se para discutir as sanções contra o Níger, tomadas após o derrube do Presidente Mohamed Bazoum pela junta militar.
Nos bastidores desta cimeira, as trocas foram ricas em debates e posições tomadas. Alguns chefes de estado, como o presidente da Serra Leoa, sublinharam a importância do diálogo, em vez da capitulação face às tensões no seio da CEDEAO. Por outro lado, o presidente senegalês denunciou a interferência externa e apelou a um levantamento gradual das sanções contra o Níger.
O presidente togolês propôs uma abordagem diferente, pedindo que os países membros da CEDEAO permanecessem unidos e apelando ao levantamento imediato de todas as sanções contra o Níger sem qualquer compensação. Por seu lado, o presidente da Costa do Marfim defendeu um diálogo construtivo com os países envolvidos, enquanto o presidente do Gana expressou uma posição mais firme contra as juntas militares.
Finalmente, o Presidente do Benim celebrou o espírito de solidariedade da CEDEAO e sublinhou a importância de não punir as populações através de sanções. Esta reunião foi, portanto, uma oportunidade para os líderes da região debaterem e encontrarem soluções para manter a coesão e a estabilidade dentro da comunidade da África Ocidental.
A cimeira da CEDEAO em Abuja foi um momento crucial para o futuro da região, marcado por posições variadas mas convergentes em direcção a um objectivo comum: preservar a paz e a cooperação entre os Estados membros.