Na Tunísia, a condenação do opositor Jawher Ben Mbarek a seis meses de prisão por conspiração contra a segurança do Estado suscita indignação. Conhecido pelas duras críticas ao presidente Kais Saied, Mbarek foi preso em 2023 após denunciar as eleições parlamentares de 2022.
Fundador do movimento “Cidadãos Contra o Golpe” em 2021 em reacção ao golpe levado a cabo pelo Presidente Saied, Mbarek, advogado de profissão, foi um fervoroso defensor da democracia na Tunísia. O veredicto contra ele foi criticado pelo seu advogado e pela sua irmã, que destacaram a falta de oportunidade de Mbarek se defender adequadamente.
Eleito em outubro de 2019 para um mandato de cinco anos, Saied suspendeu o Parlamento em julho de 2021, consolidando o seu poder de forma autoritária. Defendendo-se afirmando que estas medidas eram necessárias para combater a corrupção e acabar com um impasse político, o presidente tunisino adoptou desde então uma postura cada vez mais repressiva, prendendo activistas, opositores, empresários e juízes.
Este caso destaca as crescentes tensões políticas na Tunísia, onde as liberdades civis e a democracia estão cada vez mais ameaçadas. A situação precária em que o país se encontra põe em causa a importância da defesa dos valores democráticos e dos direitos humanos, essenciais para a construção de uma sociedade livre e justa.
Levantando questões essenciais sobre a governação e as liberdades individuais na Tunísia, o caso Jawher Ben Mbarek revela os desafios que o país enfrenta no caminho para a democracia e a estabilidade. O futuro político da Tunísia permanece incerto, mas a resistência e a mobilização dos cidadãos continuam a ser essenciais para promover um futuro democrático que respeite os direitos humanos.