Os grupos armados ainda mantêm o controlo sobre várias entidades e aldeias consuetudinárias no território de Djugu, onde estabeleceram uma administração paralela. Esta situação, recentemente noticiada pelo repórter da Rádio Okapi, evidencia o difícil quotidiano da população local, privada da relativa calma observada noutras regiões do Ituri nos últimos seis meses.
Apesar dos esforços para promover a paz e a segurança, certos grupos armados continuam a reinar supremos em certas localidades, impondo impostos, multas e contribuições financeiras aos residentes. Estas práticas ilegais alimentam conflitos armados e mantêm as populações locais em extrema precariedade.
Em áreas como Walendu Pitsi e Banyari Kilo, os milicianos exploram os recursos naturais, especialmente o ouro, com desrespeito pelas comunidades locais que vivem em condições difíceis, deslocadas das suas casas pela violência e pela insegurança. Os residentes testemunham os abusos sofridos e a ausência de autoridade estatal, fazendo com que os grupos armados atuem impunemente.
Perante esta situação alarmante, as autoridades consuetudinárias e os líderes comunitários apelam à restauração da autoridade estatal nestas regiões esquecidas, onde a presença de serviços de segurança é quase inexistente. É urgente implementar medidas concretas para proteger as populações vulneráveis e restaurar a paz e a estabilidade nesta região devastada por conflitos há demasiado tempo.
Este artigo pretende sensibilizar para a situação crítica das populações que vivem sob a influência de grupos armados no território de Djugu, destacando a necessidade de ações urgentes para pôr fim a esta espiral de violência e exploração.