As reuniões do Partido Democrático Gabonês (PDG) despertam grande interesse, à medida que o antigo partido político no poder procura autocrítica e reinventar-se após a queda do presidente deposto, Ali Bongo. Agendadas para 23 e 24 de fevereiro em Libreville, estas reuniões têm como objetivo questionar o passado do CEO e lançar as bases para uma profunda reformulação.
Cartazes de campanha rasgados representando Ali Bongo e o CEO refletem a instabilidade política que reinou no Gabão desde o golpe militar que derrubou o presidente. O secretário-geral interino do CEO, Luc Oyoubi, reconhece os erros cometidos e apela a uma reflexão aprofundada para restaurar a legitimidade e um novo rumo ao partido.
A falta de democracia interna e as decisões tomadas por um grupo pequeno e restrito alimentaram frustrações dentro do CEO. Os activistas são, portanto, convidados a participar activamente nestas reuniões para expressar as suas opiniões e contribuir para as reformas planeadas. É hora de o partido enfrentar a sua realidade e tomar decisões cruciais para o seu futuro, particularmente no que diz respeito à possível demissão de Ali Bongo da liderança do CEO.
No final destas reuniões, será apresentado um relatório sumário durante um congresso agendado para 12 de março, que promete ser decisivo para o futuro do CEO. Os debates prometem ser intensos, com vozes reformistas a apelar a uma mudança profunda no partido. É certo que estas reuniões e o congresso que se seguirá abrirão uma nova página na história do CEO e moldarão o seu destino político nos próximos anos. Resta saber se esta iniciativa permitirá ao partido recuperar o seu lugar na cena política gabonesa.