Neste dia 22 de fevereiro de 2024, o ex-deputado honorário Jean-Jacques Mamba continua a fazer ouvir a sua voz crítica em relação à atual governação do Presidente Félix Tshisekedi. Após a sua saída do Movimento de Libertação do Congo, o activista político aponta o que considera ser um tribalismo exacerbado sob o reinado de Tshisekedi.
De acordo com Jean-Jacques Mamba, o tribalismo nunca foi tão marcante como é atualmente, sublinhando que as nomeações para cargos-chave do Estado favorecem em grande parte os cidadãos Kasai. Denuncia assim uma predominância tribal nos vários sectores estratégicos da nação congolesa.
Ao manifestar a sua oposição a esta governação que considera tendenciosa, Jean-Jacques Mamba recorda o legado da luta pelo advento do Estado de direito liderada pelo falecido Étienne Tshisekedi. Rejeita firmemente qualquer ideia de regresso à ditadura e insiste no respeito pelo pacto republicano.
Esta posição franca e directa revela as tensões políticas e identitárias que marcam a paisagem congolesa. A voz de Jean-Jacques Mamba faz assim parte de um debate aceso em torno da gestão do poder e da representatividade das diferentes comunidades dentro do aparelho estatal.
Esta dura crítica à governação tshisekedista destaca as questões complexas que a República Democrática do Congo enfrenta. Convida a uma reflexão profunda sobre a necessidade de promover uma gestão inclusiva e equitativa dos assuntos públicos, longe das divisões étnicas e do favoritismo regional.