Os vendedores de brasas no mercado de Kituku, em Goma, na província de Kivu do Norte, estão em greve desde terça-feira, 19 de fevereiro, para protestar contra os impostos considerados exorbitantes. As autoridades do mercado exigem um total de 3.400 francos congoleses (aproximadamente 1,5 dólares) por saco de brasas, o que representa um encargo financeiro insuportável para os comerciantes locais.
Segundo Chanceline Bahati, vendedora do mercado de Kituku, os impostos cobrados incluem 1.000 francos para o serviço FFN, 1.000 francos para o meio ambiente, 1.000 francos para o CEFUMA e 400 francos para o município. Esta acumulação de impostos deixa pouca margem de lucro para os vendedores, impedindo-os até de satisfazer as suas necessidades mais básicas. Este novo método de tributação por saco de brasas contrasta com o antigo sistema baseado em categorias de exposição.
A greve provocou o bloqueio de centenas de sacos de brasas que chegavam ao porto de Kituku, o que agravou a escassez deste produto essencial para a população de Goma. Estão em curso negociações entre os delegados dos vendedores, o comité de mercado de Kituku e os vários serviços envolvidos para encontrar uma solução para esta crise.
Os habitantes de Goma aguardam impacientemente uma rápida resolução deste conflito, a fim de evitar acrescentar uma nova dificuldade às suas muitas dificuldades quotidianas. A situação está a ser acompanhada de perto pela comunidade local, esperando um desfecho favorável para os vendedores de carvão do mercado de Kituku.