Num contexto de crise de segurança na República Democrática do Congo (RDC), as recentes iniciativas diplomáticas destinadas a resolver o conflito no leste do país tomaram um novo rumo nos últimos dias. Uma série de reuniões de alto nível, como a reunião em Adis Abeba sob a mediação da União Africana presidida por João Lourenço e a reunião tripartida entre os Presidentes Cyril Ramaphosa, Evariste Ndayishimiye e Félix Tshisekedi, colocaram a ênfase na coordenação de operações militares contra grupos armados, em particular o RDF/M23.
No entanto, surgiram tensões entre os Estados Unidos e o Ruanda, com este último acusado de apoiar activamente grupos armados que operam na RDC. Declarações do Departamento de Estado dos EUA apelaram ao respeito pela soberania e integridade territorial na região, instando o governo congolês a cessar toda a cooperação com as forças rebeldes.
Em resposta, o Ruanda contestou veementemente esta posição, denunciando preconceitos e apelando a esclarecimentos por parte das autoridades americanas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Ruanda sublinhou a importância de um diálogo construtivo e de uma abordagem equilibrada para resolver a crise regional.
Esta escalada de tensão entre os intervenientes internacionais sublinha a urgência de encontrar soluções pacíficas e duradouras para pôr fim ao conflito na RDC. As reuniões diplomáticas em curso demonstram os esforços para promover a paz e a estabilidade na região, ao mesmo tempo que realçam a complexidade das questões de segurança em jogo.