O cenário político da República Democrática do Congo foi abalado por uma série de demissões no seio do governo liderado pelo Primeiro-Ministro Sama Lukonde. Com efeito, este último apresentou a sua demissão ao Presidente Félix Tshisekedi, em conformidade com as disposições da Constituição.
Esta demissão enquadra-se na obrigação de os membros do governo eleitos deputados escolherem entre a sua função ministerial e o seu mandato eletivo. Foram-lhes concedidos 8 dias para fazerem esta escolha, prazo que termina esta terça-feira, 20 de fevereiro.
Vários membros do governo já optaram por ter assento na Assembleia Nacional, entre eles personalidades como Vital Kamerhe, Jean-Pierre Lihau e Antipas Mbusa. Estas demissões em cascata sugerem uma remodelação iminente dentro do governo congolês.
Sama Lukonde, nomeado Primeiro-Ministro em Fevereiro de 2021, abriu assim o caminho para uma transição para uma nova era política. A sua saída deixa margem para especulações sobre o seu sucessor, com rumores a apontarem para a potencial nomeação de Jean-Pierre Bemba Gombo como Primeiro-Ministro pelo Presidente da República.
Este período de transição política é crucial para o futuro da RDC e os desenvolvimentos futuros serão examinados de perto pela população e pela comunidade internacional. Ainda temos que esperar os próximos anúncios para saber quem vai liderar o governo e quais rumos serão tomados para o país.