Neste dia 20 de Fevereiro de 2024, as tensões persistem no leste do Congo, particularmente em torno de Goma e Saké, causando preocupação em França. O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês manifestou a sua profunda preocupação com os ataques à integridade territorial da RDC e com o sofrimento infligido às populações civis, descrevendo a situação como inaceitável.
As recentes ofensivas do M23, apoiadas pelo Ruanda, e a presença de forças ruandesas em solo congolês são firmemente condenadas por Paris. A França insta os rebeldes a cessarem imediatamente os combates e apela ao Ruanda para que ponha fim a todo o apoio ao M23, bem como para que se retire do território congolês. É também lançado um apelo a todos os grupos armados para que ponham fim à violência que assola a região.
Nos últimos dias, intensificaram-se os confrontos entre o M23, um movimento composto principalmente por tutsis, e as forças do governo congolês em Saké, perto de Goma. Esta rebelião, que ressurgiu no final de 2021 após um longo sono, conquistou vastas áreas do Kivu do Norte, suscitando receios na RDC sobre uma tomada das riquezas minerais do leste do país.
As alegações de Kinshasa acusando o Ruanda e o M23 de quererem explorar os recursos minerais congoleses são veementemente rejeitadas por Kigali. Por seu lado, o M23 afirma defender uma parte da população em perigo e apela a negociações, que as autoridades congolesas recusam, argumentando que está fora de questão dialogar com “terroristas”.
A situação continua tensa na região, alimentando receios pela segurança das populações civis e pela estabilidade da região. A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a evolução da crise, apelando a um diálogo construtivo com vista a uma resolução pacífica e duradoura dos conflitos na RDC.