**O escândalo da monetização dos estágios escolares na RDC: quando a educação se torna um privilégio financeiro**

**Investigação sobre o fenómeno da monetização dos estágios nas escolas da RDC**

No coração do sistema educativo congolês, cresce um acto repreensível: a rentabilização dos estágios nas escolas secundárias. Uma prática controversa que levanta muitas questões sobre as motivações e consequências deste fenómeno.

De acordo com informações recentes, funcionários e supervisores de escolas secundárias de Kinshasa e de outras cidades da RDC exigem o pagamento de taxas adicionais para a organização de estágios escolares, especialmente para finalistas nos sectores técnico social, educacional e comercial. Uma flagrante violação das diretrizes oficiais que regem a administração de estágios e exames.

Numa discussão com Serge Bondedi Eleyi, secretário-geral da ONG Young Men Action for Education (YMAE), a questão central permanece: quais são as forças motrizes por detrás desta prática repreensível que prevalece nas escolas congolesas?

Para além dos aspectos financeiros, a rentabilização dos estágios levanta questões sobre a integridade do sistema educativo e a igualdade de oportunidades para todos os alunos. Na verdade, esta prática abusiva favorece a exclusão de estudantes oriundos de meios desfavorecidos, aos quais são cobradas propinas adicionais para completarem os estágios obrigatórios.

É urgente pôr fim a esta tendência inaceitável que compromete a equidade e a qualidade da educação na RDC. As autoridades educativas e as organizações da sociedade civil devem unir forças para combater a monetização dos estágios e garantir o acesso equitativo à educação para todos os estudantes.

Através de campanhas de sensibilização e ações concretas, é imperativo fazer cumprir as regras em vigor e punir severamente os infratores. A educação é um direito fundamental que não deve estar sujeito a interesses financeiros partidários. É hora de restaurar a ética e a equidade no centro do nosso sistema educativo, para proporcionar a todas as crianças congolesas oportunidades de aprendizagem dignas e equitativas.

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