O recente anúncio de que o Níger não cumpriu o pagamento da dívida de 13,4 mil milhões de francos CFA chamou a atenção para os desafios económicos que o país enfrenta. Desde o golpe de Julho passado e a suspensão dos mercados financeiros regionais, o montante total de incumprimentos ascende agora a aproximadamente 519 milhões de dólares.
Esta situação preocupante foi confirmada pela agência de gestão da dívida da União Monetária da África Ocidental, UMOA-Titres, que destacou que o Níger não tinha reembolsado o montante principal devido em 16 de Fevereiro. Como resultado das sanções impostas pela conferência de chefes de estado da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), esta situação é acompanhada de perto pela UMOA-Titres em colaboração com as instituições envolvidas.
A suspensão dos mercados financeiros regionais e do banco central regional pelo Níger, após o golpe militar do ano passado que derrubou o Presidente Mohamed Bazoum, exacerbou as pressões económicas já presentes na região. Além disso, ao juntar-se ao Mali e ao Burkina Faso, o Níger anunciou no mês passado a sua retirada imediata da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Esta série de incumprimentos e eventos políticos tumultuosos sublinha a contínua instabilidade financeira e política na região. É essencial que sejam tomadas medidas eficazes para corrigir a situação económica do Níger e restaurar a confiança dos investidores.