As recentes ações da MONUSCO no campo militar de Mambango, no território de Beni (Kivu Norte), resultaram na separação de 10 crianças voluntárias das FARDC. Estes jovens, de Rwindi, território de Rutshuru, manifestaram o desejo de servir sob a bandeira, depois de fugirem do recrutamento forçado pelo M23 nos territórios de Rutshuru e Masisi.
Estes jovens, com idades entre os 15 e os 17 anos, viveram experiências traumáticas, tendo alguns testemunhado actos de violência e abusos perpetrados pelos grupos armados dos quais escaparam. Alguns camaradas perdidos em circunstâncias trágicas, lembrando-nos a dura realidade da situação na região.
As histórias angustiantes destas crianças destacam a necessidade urgente de protecção das crianças afectadas por conflitos armados e da restauração da segurança nas suas comunidades de origem. A sua coragem e desejo de ingressar nas forças armadas regulares mostra que aspiram a um futuro melhor e a contribuir para a paz e a estabilidade na região.
É essencial que as autoridades se envolvam mais na garantia da segurança das crianças e no fim do recrutamento forçado por grupos armados. Estes jovens merecem proteção adequada, apoio psicossocial e oportunidades para reconstruir as suas vidas e integrarem-se plenamente na sociedade.
Em conclusão, a história destas crianças recorda-nos a necessidade de prevenir o recrutamento de menores por grupos armados e de garantir o respeito pelos seus direitos fundamentais. A sua coragem e resiliência merecem ser celebradas e apoiadas para que possam esperar um futuro mais seguro e próspero.