Nestes tempos tumultuosos, as notícias no leste da República Democrática do Congo dão conta de uma escalada de violência na sequência dos confrontos na região de Masisi. O Centro Hospitalar Bethesda, apoiado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha, recebe um número crescente de feridos de guerra, com uma média de 25 procedimentos cirúrgicos por dia. Laurent Cresi, o enfermeiro-chefe, testemunha esta realidade comovente.
A guerra nesta área provocou recentemente a condenação do Conselho de Segurança da ONU, que manifestou preocupação com uma escalada das hostilidades. Os membros do Conselho reafirmaram o seu apoio à unidade e integridade territorial da RDC, apelando à cessação da violência e ao respeito pelo direito humanitário internacional.
Numa nota mais positiva, o dia mundial contra o recrutamento de crianças para o exército destacou a história de Ndale Nyengela, uma antiga criança-soldado, agora no último ano da faculdade de direito. O seu testemunho sobre o seu passado em grupos armados e a sua reintegração na sociedade é ao mesmo tempo comovente e inspirador.
Nas províncias, o vice-primeiro-ministro Jean-Pierre Bemba Gombo saúda a acção da MONUSCO ao lado das forças armadas na região do Kivu Norte, sublinhando a importância desta cooperação para a população local.
Finalmente, a agenda internacional convida-nos a assinalar três datas-chave: o Dia Mundial da Justiça Social, em 20 de fevereiro, o Dia Internacional da Língua Materna, em 27 de fevereiro, e o Dia da “Discriminação Zero”, em 1º de março.
Embora a situação continue complexa, é essencial manter-se informado e empenhado na paz e na justiça globais.