“Reféns em perigo: o inferno das florestas infestadas de cobras durante sequestros na Nigéria”

Os perigos das florestas infestadas de cobras para as vítimas de sequestro

O recente aumento de sequestros realizados por grupos de bandidos em diversas regiões da Nigéria pôs em evidência um aspecto adicional da provação sofrida pelos reféns: as cobras. Vários testemunhos de sobreviventes realçaram o facto de os bandidos não hesitarem em atirar os seus cativos para áreas infestadas de répteis venenosos, causando assim uma ansiedade adicional entre as vítimas.

As florestas de Birnin Gwari em Kaduna, bem como Kala-Balge perto do Lago Chade, são conhecidas por estarem particularmente infestadas de cobras. Os reféns, já traumatizados pelo cativeiro, devem então enfrentar o medo constante de um ataque de répteis.

A situação é agravada pelas actuais condições meteorológicas, que incentivam as cobras a abandonar os seus abrigos em busca de alimento e ar fresco. As noites são particularmente angustiantes para os reféns, expostos a estes predadores venenosos na escuridão total.

As consequências de uma picada de cobra em tais circunstâncias são dramáticas. As vítimas não só têm de lutar pela sua sobrevivência em condições já difíceis, mas o custo do tratamento médico é muitas vezes exorbitante, dificultando o acesso às populações mais carenciadas.

Perante esta situação crítica, o professor Abdulsalam Nasidi, presidente do grupo de estudos Echitap, sublinha a importância da produção local de antídotos eficazes contra venenos de cobra. Ele denuncia o facto de as vítimas de picadas de cobra, muitas vezes pessoas economicamente frágeis, se verem confrontadas com custos médicos intransponíveis.

Em conclusão, a combinação de sequestros e exposição de reféns a cobras venenosas representa um perigo adicional e inaceitável. Há uma necessidade urgente de encontrar soluções para proteger as populações vulneráveis ​​e garantir o acesso acessível ao tratamento médico necessário em caso de picada de cobra.

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