“Manomapia: Os estragos da mineração sobre os habitantes de Fungurume”

No distrito de Manomapia, em Fungurume, os moradores vivem à sombra da mineração. Além do ar poluído pelas atividades de mineração, são o solo e a água que também são contaminados pelas descargas da planta de processamento de cobre e cobalto da Tenke Fungurume Mining (TFM). As consequências são dramáticas: as colheitas são destruídas, as colheitas queimadas por ácido e os residentes encontram-se numa situação de insegurança alimentar. Apesar das reclamações dos moradores locais, a empresa rejeita qualquer responsabilidade, despertando indignação e incompreensão na comunidade.

Os depoimentos dos moradores são comoventes. Kasongo Mujinga mostra, em tom de desculpa, o seu milho queimado pelo ácido: “Está tudo queimado pelo ácido, resolvi arrancar tudo”. Jeanne Kapanga acrescenta: “Recebemos ordens de não comer os nossos vegetais porque estão contaminados. Mas o que podemos fazer quando dependemos da nossa própria colheita para nos alimentar?” Agricultores, como Tshinyemba Koj e William Yav, vêem os seus campos tornarem-se desolados, perdendo a sua única fonte de rendimento.

A situação é alarmante e a preocupação cresce entre os moradores. Além das consequências para a saúde e o ambiente, toda uma comunidade encontra-se economicamente debilitada. Perante esta catástrofe, os agricultores exigem legitimamente indemnizações para compensar as perdas sofridas. Uma comissão de inquérito foi criada pelo governo provincial de Lualaba para estabelecer responsabilidades e encontrar soluções concretas.

É essencial sensibilizar para as consequências da mineração descontrolada e incentivar práticas mais sustentáveis ​​para preservar a saúde das populações e o equilíbrio do ecossistema local. Agora é a hora de agir para garantir um futuro mais saudável e justo para todos.

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