O acontecimento que marcou a cimeira da União Africana em Adis Abeba foi a condenação unânime da ofensiva israelita em Gaza. Os líderes africanos expressaram fortes críticas a Israel, qualificando as suas ações de uma violação flagrante do direito humanitário internacional. Moussa Faki, presidente da Comissão da União Africana, denunciou o extermínio dos residentes de Gaza por Israel, classificando estes ataques como sem precedentes na história da humanidade.
O primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, também discursou na cimeira para partilhar a angústia do seu povo relativamente a estas atrocidades. Os delegados aplaudiram calorosamente as palavras de solidariedade expressas ao povo palestiniano.
O presidente cessante da União Africana, Azali Assoumani, saudou a abordagem da África do Sul, que apresentou uma queixa contra Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça, ao mesmo tempo que condenou o genocídio perpetrado por Israel na Palestina.
Israel, por seu lado, continua a negar qualquer forma de genocídio em Gaza, alegando que está a agir para proteger a sua população dos ataques do Hamas, apesar das graves consequências humanitárias daí resultantes.
Além de condenar a ofensiva israelita, a cimeira da União Africana também abordou os conflitos e golpes de estado que assolam o continente, apelando à solidariedade africana para superar os muitos desafios que enfrentam os 1,3 mil milhões de habitantes do continente.
Este apelo à unidade e à solidariedade africana ressoa como um lembrete da importância de permanecermos unidos face aos múltiplos desafios que África enfrenta.