As mulheres de Kibirizi e de outras comunidades de Bwito, localizadas no território de Rutshuru, vivem com medo constante da violência infligida por grupos armados. A simples tarefa de ir aos campos colher os seus produtos agrícolas transforma-se numa provação terrível, onde a ameaça de violência física e perdas financeiras pesa sobre os seus ombros.
Quando finalmente conseguem recuperar as colheitas, estas camponesas enfrentam outro grande desafio: vender os seus produtos no mercado. Privados de qualquer poder de negociação, são forçados a vender os seus produtos por quantias irrisórias, muito abaixo do justo valor do seu trabalho. A pressão exercida por grupos armados nas rotas de venda de produtos agrícolas e as barreiras ilegais erguidas ao longo do caminho agravam ainda mais a situação precária em que se encontram estas mulheres.
Kabuo Kataka Clarisse, conselheira feminina em Kibirizi, testemunha a provação diária vivida por estas corajosas mulheres: “Enfrentamos perigos constantes quando nos aventuramos nos campos. Quando chegamos ao mercado, somos obrigados a vender os nossos produtos com prejuízo, sem conseguirmos satisfazer adequadamente as necessidades das nossas famílias.”
A luta das mulheres de Kibirizi pela sua sobrevivência e a dos seus entes queridos é um grito de angústia lançado no meio da indiferença geral. É essencial sensibilizar e agir para pôr fim às injustiças e à violência que os assolam. Os direitos fundamentais dos trabalhadores rurais devem ser defendidos e respeitados, para que possam viver e trabalhar com total segurança e dignidade.
Juntos, vamos mobilizar-nos para apoiar estas mulheres corajosas e ajudá-las a escapar desta espiral de violência e injustiça. Cada voz conta na luta por um futuro melhor para todos.