A circulação de mototáxis em Gombe, no coração de Kinshasa, foi recentemente proibida, suscitando fortes reacções no seio da comunidade motociclista. Esta medida, que deveria garantir a segurança dos moradores, tem sido criticada por motociclistas que veem o seu meio de transporte como uma forma eficaz de contornar os crónicos engarrafamentos da cidade.
A proibição foi fortemente contestada por Jérémie Kabongo, presidente da Associação de Motociclistas de Integridade do Congo (Amico), que considera que é arbitrária e não tem base jurídica sólida. Para ele, as autoridades deveriam concentrar os seus esforços na resolução do problema dos engarrafamentos, que afectam todo o trânsito em Kinshasa.
Os motociclistas também lamentam as consequências económicas desta medida, sublinhando que muitos condutores e proprietários de motociclos são diretamente afetados por esta proibição. A questão da segurança também é levantada, com os motociclistas exigindo igual atenção em todos os municípios da cidade, para combater eficazmente o banditismo urbano.
Apesar desta proibição, a presença de mototáxis continua a ser observável em Gombe, indicando uma aplicação por vezes incompleta da medida. Os motociclistas tiveram a oportunidade de se reunir com um representante do Vice-Primeiro Ministro para discutir a situação e defender a libertação dos condutores detidos.
O diálogo entre autoridades e motociclistas parece abrir caminho para uma melhor compreensão das questões. É crucial encontrar um equilíbrio entre a segurança pública e as necessidades de mobilidade dos residentes, garantindo ao mesmo tempo o cumprimento da legislação em vigor.
Esta controvérsia em torno da proibição dos mototáxis em Gombe destaca os desafios que as grandes cidades africanas enfrentam em termos de trânsito e segurança. É essencial procurar soluções concertadas e sustentáveis para satisfazer as necessidades dos cidadãos, garantindo simultaneamente um ambiente urbano seguro e funcional.