O fim de uma era aproxima-se na cidade de Baraka-Fizi, quando o representante do governador do Kivu do Sul e ministro provincial do ITPR, Gaston Cissa wa Numbe, anunciou o encerramento iminente da base operacional da MONUSCO. Esta decisão foi comunicada durante uma reunião do Conselho de Segurança Urbana, presidida pelo ministro provincial e pelo chefe do sub-gabinete MONUSCO/Uvira.
Este anúncio gerou numerosos debates e discussões entre líderes e autoridades locais. Representantes de sociedades mutualistas, organizações da sociedade civil, jovens, líderes tradicionais e serviços locais manifestaram o desejo de que o equipamento, mobiliário e material circulante da MONUSCO sejam entregues a instituições estatais locais.
A presença da MONUSCO na região remonta a Setembro de 2007, quando a missão da ONU, então denominada MONUC, utilizou os seus capacetes azuis e abriu os seus escritórios em Baraka. Ao longo dos anos, a MONUSCO tem desempenhado um papel importante na manutenção da paz e na estabilização da região, nomeadamente ajudando as autoridades locais a garantir a segurança da população e a resolver conflitos.
No entanto, esta decisão de encerramento marca um passo significativo no processo de retirada da MONUSCO desta parte do país. Com a transição para uma maior responsabilidade nacional, é importante reforçar as capacidades das instituições estatais locais para assumirem o papel de segurança e protecção dos cidadãos.
O encerramento da base operacional da MONUSCO em Baraka-Fizi está previsto para 15 de março. Esta retirada suscita preocupações e esperanças para o futuro da região. Resta saber como as autoridades locais e a população se irão organizar para garantir a segurança e a estabilidade no futuro, e como os recursos e competências deixados pela MONUSCO poderão ser aproveitados para o bem-estar de todos.
Em conclusão, o encerramento da base operacional da MONUSCO em Baraka-Fizi marca o fim de uma era e levanta desafios significativos para a região. No entanto, também oferece a oportunidade de fortalecer as instituições locais e permitir que os intervenientes locais assumam o controlo do seu próprio destino.