A Líbia tornou-se palco de um confronto indirecto entre os Estados Unidos e a Rússia, estas duas superpotências que procuram expandir a sua influência em África. À medida que as tensões entre os dois países aumentaram na Ucrânia, elas também se manifestam na Líbia, onde a Rússia procura consolidar a sua parceria militar com o Marechal Khalifa Haftar, líder do Exército Nacional Líbio.
Desde Outubro passado, os Estados Unidos têm pressionado Haftar para o dissuadir de continuar a sua cooperação com a Rússia. Ocorreram reuniões entre emissários americanos e o marechal Haftar, bem como ameaças de apresentar acusações criminais perante o Tribunal Penal Internacional contra a família Haftar. No entanto, apesar de todos estes esforços, a Rússia continua a reforçar a sua presença militar na Líbia, desafiando assim os interesses dos EUA na região.
Esta rivalidade entre os Estados Unidos e a Rússia na Líbia tem sido amplamente divulgada, com relatos do envolvimento da família Haftar em vários tráficos ilícitos, que vão desde o tráfico de armas ao contrabando de drogas, ouro, seres humanos e petróleo. Diz-se que estas actividades ilegais geraram milhares de milhões de dólares em receitas para a família Haftar, irritando os Estados Unidos que tentam desacreditá-lo na cena internacional.
No entanto, é importante notar que estas alegações e fugas de informação devem ser encaradas com cautela, pois podem ser utilizadas como ferramenta de propaganda para desacreditar Haftar e enfraquecer os laços entre a Líbia e a Rússia. É, portanto, apropriado examinar esta informação de forma crítica e não tomá-la pelo seu valor nominal.
No geral, o confronto entre os Estados Unidos e a Rússia na Líbia é um reflexo das lutas de influência geopolítica que ocorrem em África. À medida que ambos os países procuram expandir a sua influência e proteger os seus interesses económicos e políticos, a Líbia tornou-se um campo de batalha para esta rivalidade. Resta saber como evoluirá esta situação e quais serão as repercussões para o país e para os seus habitantes.