O desafio da saúde na RD Congo: entre discursos vazios e desânimo sem fim
Durante quase um ano, a RD Congo mergulhou numa situação crítica em termos de política de saúde. Duas entidades disputam o poder, alegando encarnar uma verdadeira política de saúde, mas na realidade são apenas sombras impotentes. Por um lado, o Ministro da Saúde e Prevenção, Sr. Samuel-Roger Kamba Mutamba, parece ter estabelecido o ministério das palavras, deliciando-se com discursos grandiloquentes, promessas quebradas e declarações sem sentido. Por outro lado, encontramos o ministério do desânimo, chefiado por outro ministro da saúde e prevenção, que parece determinado a sabotar qualquer iniciativa positiva e desencorajar qualquer boa vontade.
Esta realidade é dolorosa para a população congolesa que se vê confrontada com uma crise sanitária sem precedentes, sem uma verdadeira política de saúde pública que a proteja. Os cidadãos são esmagados por um fluxo incessante de palavras vazias, injunções ambíguas e decisões administrativas teatrais, enquanto ações concretas são raras.
O cúmulo desta situação é que aqueles que ousam comprometer-se a concretizar a visão do Presidente Félix Tshisekedi enfrentam sistematicamente o ministério do desânimo. Neste triste teatro do absurdo, a política de saúde na RD Congo parece ter sido reduzida a um assunto de família, onde os interesses pessoais têm precedência sobre o interesse colectivo. Os cargos-chave são atribuídos aos familiares, criando assim um clima de favoritismo e opacidade que prejudica gravemente a saúde pública.
Já é tempo de o Ministro da Saúde e da Prevenção pôr as palavras em acção e implementar uma verdadeira política de saúde. É imperativo que os interesses pessoais dêem lugar ao interesse geral e que todas as partes interessadas trabalhem em conjunto para oferecer à população congolesa os cuidados e serviços de saúde que merece. Já é tempo de a saúde dos cidadãos deixar de ser sacrificada no altar da política e do oportunismo familiar.
Esta situação preocupa a população congolesa e exige uma consciência colectiva. É importante responsabilizar os líderes políticos, mobilizar-se para exigir uma verdadeira política de saúde e acabar com este círculo vicioso de discursos vazios e desânimo constante.
Em conclusão, é essencial que o governo da RD Congo se concentre no estabelecimento de uma verdadeira política de saúde pública, centrada no interesse colectivo e não nos interesses pessoais. Só uma abordagem colaborativa e transparente permitirá sair desta crise sanitária e garantir o acesso equitativo aos cuidados de saúde para todos os cidadãos congoleses.. A população merece mais do que discursos vazios e desânimos constantes; é hora de ações concretas serem tomadas para reconstruir um sistema de saúde sólido e eficiente.