A situação na República Democrática do Congo é mais do que preocupante. Após eleições tumultuadas e contestadas, o país encontra-se hoje à beira da implosão. As tensões políticas e as frustrações eleitorais estão a minar a coesão nacional, enquanto novas agressões ameaçam a integridade territorial do país. Perante esta conspiração internacional que visa a balcanização do Congo, como reagirão a classe política e o povo congolês para salvar a sua nação?
A situação atual é alarmante. O Ruanda, com o apoio de países supostamente amigos e parceiros tradicionais como os Estados Unidos, França, Bélgica e outros, lançou uma nova agressão contra a RDC. As populações civis são massacradas e os minerais do Kivu são pilhados com total impunidade. Infelizmente, a comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas e a União Europeia, continua hipócrita, inactiva e cúmplice nesta situação. A presença da MONUSCO, dispendiosa e ineficaz, apenas facilita a ocupação do Congo por grupos armados.
É evidente que está em curso uma conspiração internacional para desestabilizar e balcanizar a RDC, com o objectivo de se apropriar dos seus recursos minerais estratégicos. Apesar disso, alguns congoleses continuam a ser complacentes com os interesses do Ruanda e dos seus aliados, participando involuntariamente no financiamento da guerra e no seu próprio genocídio. Além disso, a corrupção, a traição e a interferência política no comando do exército congolês estão a minar os esforços para combater esta ameaça.
A classe política congolesa é frequentemente criticada pela sua falta de acção face às ameaças de balcanização do país. Demasiados políticos estão preocupados com guerras de emprego e tomada de poder, em detrimento do interesse nacional. É essencial haver uma mobilização geral e uma vontade política unida para salvar o Congo desta conspiração internacional.
É hora do Presidente da República tomar decisões corajosas. O Movimento dos Actores da Revolução Social recomenda várias medidas, incluindo a suspensão da participação da RDC na Carta das Nações Unidas, enquanto continuar a ser hipócrita na crise congolesa. É também necessário anunciar a saída da RDC da Comunidade dos Estados da África Oriental, devido à duplicidade e cumplicidade dos seus membros na guerra imposta ao Congo.
Outras acções devem ser tomadas, como romper diplomaticamente com o Ruanda e abrir negociações com novos parceiros que respeitem a soberania do Congo. É também essencial expurgar o exército, os serviços de segurança e a administração de qualquer pessoa ligada ao Ruanda e levar à justiça todos os envolvidos em genocídios e crimes de guerra.
No entanto, a chave para resolver esta crise reside na coesão nacional. É importante pôr de lado as divisões étnicas e políticas para nos centrarmos no interesse comum. O desenvolvimento das indústrias congolesas de transformação de matérias-primas é também crucial para evitar a evasão de dividendos de exportação.
Concluindo, a situação na República Democrática do Congo é crítica, mas existem soluções possíveis para salvar a nação. A classe política congolesa deve demonstrar coragem e unidade, e o povo congolês deve mobilizar-se para preservar a integridade do país. É hora de acabar com a impunidade, a complacência e a corrupção e trabalhar em conjunto para um futuro melhor para a RDC.