A tragédia que se desenrolou na República Democrática do Congo custou a vida a dois soldados sul-africanos e feriu outros três. A explosão de um morteiro na sua base foi causada por fogo indireto, segundo as forças armadas sul-africanas. Uma investigação está em andamento para determinar os responsáveis por esse ato.
O governo sul-africano anunciou recentemente o envio de 2.900 soldados adicionais para a República Democrática do Congo, como parte da missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para combater grupos rebeldes armados no leste do país. No entanto, não foi confirmado se os soldados mortos e feridos faziam parte desta nova missão.
A base visada situava-se na província de Kivu do Norte e os feridos foram transportados para o hospital de Goma. Este ataque surge num contexto de aumento da violência na região, onde muitos actos são atribuídos ao grupo rebelde M23, que luta há anos contra as forças armadas congolesas.
O governo congolês acusa o M23 de receber apoio militar do vizinho Ruanda, o que este último nega veementemente. No entanto, declarações recentes do M23 sugerem que estão a avançar no leste do Congo, aumentando o receio de um novo ataque a Goma, que já tinham ocupado há dez anos.
Este conflito já deslocou mais de um milhão de pessoas desde Novembro, somando-se aos 6,9 milhões que já fugiram das suas casas numa das maiores crises humanitárias do mundo. A situação é ainda mais preocupante porque grupos armados se deslocam perigosamente perto da cidade de Sake, localizada perto de Goma, ameaçando assim todo o sistema de ajuda humanitária no leste do Congo.
A trágica situação na República Democrática do Congo realça a necessidade de uma acção internacional coordenada para pôr fim à violência e proteger as populações civis. As consequências de uma escalada do conflito seriam devastadoras para toda a região.
Em conclusão, os soldados sul-africanos mortos na República Democrática do Congo lembram-nos a dura realidade daqueles que lutam pela paz em zonas de conflito. É essencial que a comunidade internacional mobilize todos os meios necessários para apoiar os esforços para acabar com esta violência e prestar assistência humanitária aos milhões de pessoas afectadas por este conflito.