“Comerciantes em perigo: dias de cidades mortas lançados em Kalemie para protestar contra o mau clima de negócios”

As notícias na província de Tanganica, na República Democrática do Congo, mostram uma situação preocupante para os comerciantes. Com efeito, a Federação das Empresas Congolesas (FEC) em Tanganica decidiu organizar dias de cidades fantasmas em Kalemie, capital da província, a partir de quinta-feira, 15 de fevereiro, por tempo indeterminado.

Esta decisão radical visa protestar contra o mau clima empresarial que reina na região. Segundo Jules Mulya, presidente provincial da FEC, muitos comerciantes queixam-se da situação no porto de Kalemie, onde a presença de nada menos que 27 serviços estatais em vez dos 4 previstos na lei, coloca problemas e dificulta as actividades comerciais.

Mas este não é o único obstáculo ao desenvolvimento económico de Tanganica. Também são apontadas infra-estruturas rodoviárias defeituosas, com consequências prejudiciais para toda a vida económica da região.

Outro facto notável apontado por Jules Mulya é o imposto de 3% cobrado sobre mercadorias provenientes de Goma, Bukavu e Uvira, o que representa um custo adicional para os comerciantes locais.

Perante estas dificuldades, os comerciantes decidiram tomar a iniciativa, organizando dias de cidades fantasmas, a fim de chamar a atenção das autoridades competentes para as suas legítimas reivindicações. A sua principal exigência é a reforma do sistema em vigor no porto de Kalemie para facilitar o comércio e promover o desenvolvimento económico da região.

Esta situação realça os desafios enfrentados pelos comerciantes em áreas remotas da RDC. Sublinha também a importância de um diálogo construtivo entre os intervenientes económicos e as autoridades, a fim de encontrar soluções sustentáveis ​​para promover o comércio e o crescimento económico nestas regiões.

A FEC e os comerciantes da província de Tanganica esperam que as suas acções sejam ouvidas e que sejam tomadas medidas concretas para melhorar as condições de negócios na região. Entretanto, os dias das cidades mortas continuarão a ter impacto nas actividades comerciais nesta parte da RDC.

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