“A destruição dos arquivos de Gaza por Israel: uma perda irreparável para a história palestina”

A destruição de arquivos na Faixa de Gaza por Israel: uma perda insuportável para a memória coletiva palestina

A destruição de arquivos é um ato de violência incrível que apaga para sempre uma parte essencial da história de um povo. Infelizmente, é precisamente isto que está a acontecer actualmente na Faixa de Gaza, onde as forças israelitas atacaram deliberadamente bibliotecas e arquivos na área. Esta perda não é apenas devastadora para os palestinianos, mas também para toda a humanidade, porque apaga uma parte do nosso património comum.

Desde o início da ofensiva israelita, há mais de 100 dias, as instituições educativas em Gaza têm sido sistematicamente destruídas. Universidades foram incendiadas, professores e investigadores visados ​​e mortos, e bibliotecas e arquivos destruídos. O resultado ? Décadas de pesquisas, conhecimentos acumulados, histórias contadas e memórias preservadas foram apagadas num instante.

Os arquivos desempenham um papel crucial na preservação da memória coletiva de um povo. Eles documentam os eventos passados, lutas, conquistas e fracassos de uma sociedade. São um testemunho da história e uma ferramenta valiosa para compreender o presente e construir o futuro. Ao destruir os arquivos, Israel procura deliberadamente apagar a memória colectiva palestiniana, negar a própria existência do povo palestiniano e impor a sua própria versão da história.

Mas a memória é resiliente. Embora os arquivos físicos tenham sido destruídos, a memória permanece viva nas mentes e nos corações dos palestinos. Irão recordar as histórias contadas pelos mais velhos, as histórias transmitidas de geração em geração, a resistência e a perseverança que caracterizaram a sua luta pela liberdade e pela justiça. A destruição dos arquivos não pode erradicar a memória de um povo.

Contudo, é importante que a comunidade internacional perceba a gravidade desta destruição. Os arquivos são valiosos tesouros culturais e históricos que pertencem a toda a humanidade. Eles refletem as lutas e esperanças das pessoas em todo o mundo. É, portanto, nosso dever condenar veementemente estes actos de destruição e apoiar os esforços para reconstruir as bibliotecas e arquivos de Gaza.

Neste contexto, é também fundamental destacar o papel crucial dos arquivistas e bibliotecários na preservação da memória colectiva. O seu trabalho é muitas vezes pouco reconhecido, mas são eles os guardiões da nossa história e do nosso património. O apoio e a proteção destes profissionais são essenciais para garantir a sustentabilidade dos arquivos e a preservação da nossa memória coletiva.

É hora de dizer não à destruição de arquivos. É hora de defender a memória, a verdade e a justiça. Devemos unir-nos para apoiar os palestinianos na sua luta para preservar o seu património cultural e histórico. Juntos podemos reconstruir os arquivos destruídos e garantir que a história de Gaza nunca seja esquecida. A memória deve sobreviver, porque é ela que nos define como povo e nos guia para um futuro melhor.

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