Título: “Oposição senegalesa: mobilização e protesto contra o adiamento das eleições presidenciais”
Introdução :
No Senegal, a oposição política e a sociedade civil estão a mobilizar-se na sequência do adiamento das eleições presidenciais anunciado pelo Presidente Macky Sall. Esta decisão gerou uma disputa sobre a sua legalidade e levou a manifestações, bem como a ações da oposição para fazer valer os seus direitos democráticos. Este artigo destaca a organização da oposição e as questões ligadas a esta mobilização.
Bloqueios e prisões durante manifestações:
Nos subúrbios de Dakar, activistas da coligação Bassirou Diomaye Faye, que substitui o dissidente da oposição Ousmane Sonko, tentaram lançar uma caravana de campanha. No entanto, foram rapidamente bloqueadas pelas autoridades e alguns manifestantes foram presos, incluindo deputados. Apesar destes obstáculos, os líderes da oposição continuam a defender a sua posição, considerando ilegal o adiamento das eleições e afirmando que o processo eleitoral deve continuar.
Uma resposta coletiva da oposição:
Os candidatos presidenciais uniram-se para organizar uma resposta colectiva ao adiamento das eleições. O objetivo é encontrar novas estratégias para a oposição, tentando ações em todo o território e ampliando a mobilização à sociedade civil e aos sindicatos. Este desejo de união visa fortalecer o protesto e estabelecer um equilíbrio de poder com o governo. Algumas vozes não descartam a possibilidade de uma greve geral para fazer valer as suas reivindicações.
Censura televisiva da Walf TV:
Paralelamente à mobilização da oposição, o canal de televisão privado Walf TV foi alvo de medidas de censura. Primeiro suspenso e depois permanentemente privado da sua licença de funcionamento, este canal popular está no centro de uma controvérsia sobre a liberdade de expressão e os direitos de imprensa. A retirada da licença da Walf TV foi condenada por diversas organizações, incluindo a Amnistia Internacional, que denuncia um ataque à democracia e à pluralidade dos meios de comunicação social.
Conclusão:
No Senegal, a mobilização da oposição e da sociedade civil face ao adiamento das eleições presidenciais mostra um desafio crescente à legalidade desta decisão. Apesar dos bloqueios e detenções durante as manifestações, a oposição continua determinada a continuar o processo eleitoral e a fazer valer os seus direitos democráticos. A censura ao canal Walf TV levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa no país. A evolução da situação política e mediática no Senegal será acompanhada de perto nos próximos dias.