A homenagem dos Leopardos da RDC às vítimas da violência no leste do país
Num gesto de solidariedade e compaixão, os Leopardos da República Democrática do Congo (RDC) anunciaram que usarão uma braçadeira preta durante o próximo jogo do CAN 2023 contra os Elefantes da Costa do Marfim, em homenagem ao populações do leste do país afetadas por confrontos com grupos armados.
Esta decisão, tomada pelo comité de Normalização da Federação Congolesa de Futebol (FECOFA), demonstra a vontade da selecção nacional em apoiar e sensibilizar para a dramática situação vivida pelos habitantes desta região.
O presidente da comissão, Dieudonné Sambi, declarou: “Em sinal de luto e em memória das nossas vítimas e como uma onda de solidariedade nacional para com os nossos irmãos e irmãs, a nossa selecção nacional usará uma fina braçadeira preta no braço direito. .” Um gesto simbólico que mostra o compromisso da equipe em fazer ouvir as vozes destas populações sofredoras.
Esta iniciativa foi oficialmente comunicada às autoridades continentais do futebol, nomeadamente à Afcon e aos organizadores do CAN Côte d’Ivoire 2023. Os Leopardos da RDC esperam sensibilizar o público e chamar a atenção para a situação no Leste do país, onde a violência persiste. e causa muitas vítimas inocentes.
A região de Goma, particularmente afectada por estes recentes confrontos, tenta gradualmente recuperar uma aparência de calma após a explosão de uma bomba que feriu um pai e a sua filha. Esta triste realidade demonstra a urgência de agir para pôr fim a esta violência e proteger as populações vulneráveis.
A semifinal entre os Leopardos da RDC e os Elefantes da Costa do Marfim promete ser um momento forte onde o desporto será colocado ao serviço de uma causa nobre. A partida será realizada no estádio Alassane Ouattara, na cidade de Kinshasa. Para além da competição desportiva, os jogadores farão questão de usar esta braçadeira preta como sinal de homenagem e solidariedade.
Este gesto dos Leopardos da RDC recorda a importância do desporto para aumentar a sensibilização e fazer ouvir as vozes das populações oprimidas. Demonstra a responsabilidade social dos atletas e o seu papel como porta-vozes daqueles que lutam para serem ouvidos.
Num mundo onde as questões políticas e económicas podem por vezes ofuscar as tragédias humanas, é reconfortante ver as equipas desportivas tomarem posição e apoiarem causas justas. Esperemos que este gesto dos Leopardos da RDC seja mais um passo na resolução dos conflitos e na protecção dos direitos fundamentais de todos.
Filho MOKILI