Hage Geingob, um veterano democrata e firme defensor da unidade africana, morreu no domingo aos 82 anos enquanto recebia tratamento num hospital em Windhoek. O seu desaparecimento deixa um vazio no cenário político africano, numa altura em que o continente precisa de líderes visionários que acreditem no destino comum de África.
O Presidente Tinubu da Nigéria prestou homenagem a Geingob, destacando o seu papel na luta pela democracia, a sua defesa da boa governação e o seu compromisso com a solidariedade económica, social e política entre os povos africanos. Geingob desempenhou um papel fundamental no fortalecimento dos laços entre os países e na promoção da cooperação em todos os domínios.
Geingob também fez história na Namíbia ao se tornar seu primeiro primeiro-ministro após a independência do país em 1990. Ocupou esse cargo duas vezes, de 1990 a 2002 e de 2012 a 2015, além de outros cargos ministeriais e de liderança. Foi eleito o terceiro presidente da Namíbia em 21 de março de 2015 e reeleito para um segundo mandato de cinco anos em 2019.
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Mais recentemente, Geingob apoiou o caso da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça em Haia, Holanda. A África do Sul pediu ao tribunal que declarasse que Israel era culpado de genocídio contra os palestinianos em Gaza.
A perda de Hage Geingob deixa um grande vazio no cenário político africano. O seu legado como defensor da democracia e promotor da unidade africana continuará a inspirar as gerações futuras.