Título: Uganda em turbulência: apoio controverso ao M23-RDF
Introdução :
Há já algum tempo que o conflito na região do Kivu Norte da República Democrática do Congo se intensifica, colocando o exército congolês e os terroristas do M23-RDF uns contra os outros. No meio destes confrontos sangrentos, começam a surgir ligações controversas entre o Uganda e o movimento rebelde M23-RDF. Neste artigo, analisaremos relatórios recentes de que o Uganda é a porta de entrada para o M23-RDF e apoia activamente as forças negativas que operam na província do Kivu do Norte.
O reabastecimento do M23-RDF por Uganda:
Segundo os testemunhos de Aimé Mbusa Mukanda, notável defensor dos direitos humanos, os soldados ugandeses cruzaram a fronteira de Kitagoma para se abastecerem de homens, munições e rações. Esta declaração suscita preocupações entre o povo de Rutshuru, que se pergunta como é que um país amigo como o Uganda pode apoiar forças armadas negativas na região. Alguns membros influentes do M23-RDF, como Bertrand Bisimwa e Corneille Nangaa, estariam mesmo no Uganda, o que reforça as dúvidas sobre o apoio deste país ao movimento rebelde.
As perdas do M23-RDF contra o exército congolês:
Apesar do alegado apoio do Uganda, a coligação M23-RDF sofreu pesadas baixas durante os recentes confrontos com o exército congolês e jovens em autodefesa. O tenente-coronel Kazarama, chefe das operações da coligação no eixo Mushaki-Karu, foi morto juntamente com mais de 50 elementos durante um ataque das forças de defesa congolesas. Estas perdas sublinham a resistência do exército congolês contra o movimento rebelde apoiado, segundo afirma, pelo Uganda.
Pedido de esclarecimento sobre a posição do Uganda:
Confrontado com suspeitas de apoio do Uganda ao M23-RDF, Aimé Mbusa Mukanda apela ao governo congolês para exigir explicações do Uganda e, se necessário, romper relações diplomáticas com este país. Segundo ele, não é justo focar apenas na responsabilidade de Ruanda (Kagame), porque Museveni, o presidente de Uganda, também estaria envolvido no apoio ao movimento rebelde. Uma clarificação da posição do Uganda é, portanto, mais do que necessária nesta situação delicada.
Conclusão:
A situação na região do Kivu Norte da República Democrática do Congo continua tensa, com o M23-RDF a tentar reforçar as suas tropas apesar das pesadas perdas sofridas durante os confrontos com o exército congolês. As alegações de que o Uganda apoia activamente o movimento rebelde levantam muitas questões. É essencial que as autoridades congolesas exijam explicações ao Uganda, a fim de esclarecer esta situação controversa e encontrar uma resolução pacífica para o conflito.