Desafios da gestão da saúde menstrual na Nigéria: capacitar as mulheres e quebrar o ciclo da pobreza menstrual
A gestão da saúde menstrual é uma questão premente na Nigéria, com implicações de longo alcance para mulheres e raparigas. Os desafios enfrentados no acesso aos produtos menstruais não só têm impacto na sua saúde e bem-estar, mas também dificultam a sua educação e perpetuam a desigualdade de género. Neste artigo, exploraremos a natureza multifacetada da pobreza menstrual na Nigéria e as soluções inovadoras que estão a ser implementadas para resolver este problema.
Em primeiro lugar, é importante compreender o conceito de pobreza periódica. Refere-se à falta de acesso a produtos sanitários, espaços seguros e higiênicos e informações precisas sobre a menstruação. Na Nigéria, surpreendentes 67% das mulheres não têm acesso a produtos sanitários, de acordo com um inquérito realizado pelas pesquisas NOI em 2018. Esta estatística destaca a gravidade da pobreza menstrual e as suas implicações mais amplas para a saúde e os direitos das mulheres.
Um dos principais obstáculos no combate à pobreza menstrual na Nigéria é o elevado custo dos produtos menstruais. Muitas famílias de baixa renda não podem pagar o preço de absorventes higiênicos, absorventes internos e outros itens necessários, que podem custar até ₦500. Esta barreira económica não só restringe o acesso, mas também sublinha a necessidade de alternativas mais acessíveis e sustentáveis.
O impacto da pobreza periódica vai além do aspecto financeiro. Também afeta a educação e a saúde. Muitas meninas faltam vários dias à escola todos os meses devido à falta de produtos menstruais e de instalações adequadas. Esta ausência da escola pode prejudicar o seu desempenho académico e até levar ao abandono escolar, aumentando a disparidade de género na educação. Além disso, a utilização de materiais pouco higiénicos durante a menstruação coloca as mulheres e as raparigas em risco de infecções, com consequências a longo prazo para a sua saúde reprodutiva.
Para enfrentar estes desafios, várias iniciativas foram lançadas na Nigéria. Organizações não governamentais (ONG) e empresas sociais estão a distribuir produtos menstruais gratuitos e a realizar campanhas de sensibilização sobre a saúde menstrual nas comunidades. Inovações como absorventes reutilizáveis e copos menstruais também estão sendo introduzidas como alternativas sustentáveis e econômicas. No entanto, estes esforços precisam de ser intensificados e apoiados pelo envolvimento e sensibilização contínuos da comunidade para causarem um impacto significativo.
Como nigerianos, é crucial reconhecer e abordar a pobreza menstrual como uma questão social. Garantir o acesso a produtos sanitários não é suficiente; devemos nos esforçar para capacitar todas as mulheres e meninas para que levem uma vida saudável, digna e ininterrupta. Quebrar o ciclo da pobreza menstrual requer uma acção colectiva e uma mudança nas atitudes culturais em relação à menstruação. Ao educar as comunidades, defender mudanças políticas e promover produtos menstruais acessíveis e sustentáveis, podemos fazer uma diferença tangível na vida das mulheres e raparigas na Nigéria.
Em conclusão, os desafios da gestão da saúde menstrual na Nigéria são multifacetados e requerem uma abordagem abrangente. A acessibilidade aos produtos menstruais não é apenas uma questão de conveniência, mas uma questão que afecta a saúde, a educação e a dignidade de muitas mulheres na Nigéria. Ao abordar a pobreza menstrual, podemos quebrar o ciclo e capacitar as mulheres, contribuindo para a igualdade de género e para o avanço geral da nossa sociedade. Vamos unir forças e agir para criar um futuro onde a saúde menstrual seja priorizada e todas as mulheres tenham a oportunidade de prosperar.