A recente intensificação da violência no leste da RDC suscitou sérias preocupações na comunidade internacional. De acordo com um relatório recente da ONU, mais de 8.000 pessoas deslocadas internamente procuraram refúgio perto do hospital Mweso, na província de Kivu do Norte.
Bruno Lemarquis, representante especial adjunto do Secretário-Geral da ONU na RDC, denunciou a violência que custou a vida a numerosos civis, incluindo mulheres e crianças, nomeadamente durante um atentado bombista numa zona residencial de Mweso le 25 de Janeiro, causando a morte de 19 pessoas e ferindo mais de 20 outras.
A situação humanitária na zona sanitária de Mweso é particularmente alarmante, com mais de 251 mil pessoas com necessidade urgente de assistência humanitária. Os combates entre as forças armadas congolesas (FARDC) e a coligação M23-RDF intensificaram-se, comprometendo as iniciativas de paz regionais.
Para resolver esta crise e restaurar a paz e a estabilidade no leste da RDC, é essencial apoiar os processos políticos em curso. No entanto, a segurança dos trabalhadores humanitários e dos civis deve ser garantida, a fim de facilitar a prestação de ajuda e evitar uma deterioração da situação humanitária.
Apesar desta situação crítica, a ONU e os seus parceiros humanitários continuam determinados a prestar a assistência necessária às pessoas afetadas por este conflito. Contudo, é importante notar que esta recente escalada de violência recorda o sofrimento suportado durante anos pelas populações civis no Kivu do Norte, onde mais de 2,5 milhões de pessoas foram deslocadas e têm acesso limitado aos serviços de saúde.
É, portanto, essencial mobilizar mais esforços para resolver esta crise humanitária na RDC. Os países e as organizações internacionais devem intensificar as suas ações para proteger os civis, facilitar o acesso à ajuda humanitária e apoiar iniciativas de paz para garantir um futuro mais seguro e estável para as populações afetadas por este conflito.