Título: Novas diretrizes do CBN para limitar os riscos associados às exposições cambiais dos bancos
Introdução:
O Banco Central da Nigéria (CBN) emitiu recentemente novas directrizes destinadas a regular as práticas especulativas e de acumulação que resultaram numa queda de 42% da naira em relação ao dólar em apenas dois dias. Estas orientações, intituladas “Harmonização dos requisitos de reporte sobre exposições cambiais dos bancos”, visam reforçar a gestão do risco e prevenir potenciais perdas que possam representar desafios sistémicos significativos.
Contente:
O CBN está preocupado com a crescente exposição cambial dos bancos, o que os incentiva a manter posições excessivas em moeda estrangeira. Esta prática expõe os bancos a riscos cambiais e outros. Na sua circular, o CBN destaca a necessidade de cumprir requisitos prudenciais para garantir uma gestão eficaz do risco.
Uma das práticas destacadas na circular é o facto de os bancos reterem uma parte significativa das moedas estrangeiras adquiridas em vez de as utilizarem imediatamente para empréstimos ou financiamento de compras de clientes. Esta estratégia permite que os bancos obtenham lucros comprando moedas a um preço baixo e vendendo-as a um preço mais elevado quando a moeda local se desvaloriza.
Para resolver esta situação, o CBN estabeleceu limites para as posições abertas líquidas (NOPs) dos bancos e exigiu-lhes que ajustassem as suas posições de acordo com os novos regulamentos até 1 de fevereiro de 2024. Os bancos também devem calcular o seu NOP diário e mensal, bem como o seu Posição de Negociação de Moeda Estrangeira (FCT) utilizando modelos fornecidos pelo CBN.
Conclusão:
As novas orientações do CBN visam limitar os riscos associados às exposições cambiais dos bancos e reforçar a sua gestão de riscos. Ao regular as práticas de acumulação e especulação, o CBN procura estabilizar o mercado cambial e prevenir potenciais perdas que possam ter um impacto sistémico. É essencial que os bancos cumpram estes novos regulamentos e adoptem práticas sólidas de gestão de risco para garantir a estabilidade do sistema financeiro.