“Taça Africana das Nações 2024: Uma verdadeira caça aos treinadores”

O mundo do futebol africano está em crise durante a Taça das Nações Africanas de 2024 e os treinadores estão a pagar o preço. Em apenas duas semanas de competição, seis treinadores já abandonaram os seus cargos, deixando os bancos das suas equipas sem ninguém para os liderar. Esta situação reflecte a instabilidade no futebol africano, onde os treinadores são frequentemente alvo de maus desempenhos das equipas.

Entre as saídas mais notáveis, a de Djamel Belmadi, técnico da Argélia. Depois de vencer a Taça das Nações Africanas em 2019, Belmadi não conseguiu levar a sua equipa à vitória nas duas edições seguintes. A falta de resultados acabou levando à sua demissão.

Outro técnico que pagou o preço da competição é Jean-Louis Gasset, técnico da Costa do Marfim. Após uma derrota humilhante contra a Guiné Equatorial, Gasset foi demitido. Chegou mesmo a apresentar a sua demissão, que foi aceite pela federação marfinense. A falta de resultados e a pressão do país anfitrião levaram a melhor.

A Tanzânia também decidiu separar-se do seu treinador, Adel Amrouche, antes mesmo de a sua equipa ser eliminada. Os comentários polêmicos de Amrouche questionando a influência de Marrocos no futebol africano levaram à sua suspensão pela CAF, e sua federação decidiu cortar relações com ele.

Do lado de Gana, os torcedores não hesitaram em voltar sua raiva para o técnico Chris Hugton, apesar de ele ter ingressado recentemente no time. Os maus resultados da equipa, incluindo a derrota para Cabo Verde e a concessão de golos nos acréscimos frente a Moçambique, levaram à eliminação precoce e ao fim do mandato de Hugton.

Por último, não podemos ignorar a demissão de Jalel Kadri, seleccionador da Tunísia. Após a eliminação de sua seleção na partida contra a África do Sul, Kadri assumiu a responsabilidade e anunciou sua decisão de deixar o cargo.

Esta série de saídas mostra o quão cruel o futebol africano é para com os seus treinadores. Os maus resultados e a pressão constante levam muitas vezes a decisões radicais. É difícil prever quem será o próximo da lista, mas não há dúvida de que a caça aos treinadores continua nesta Taça das Nações Africanas de 2024.

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