Mambasa, localidade situada na província de Ituri, na República Democrática do Congo, enfrenta um fenómeno alarmante desde o início de 2024: o abandono de bebés à nascença. Dois casos já foram documentados, evidenciando uma realidade preocupante.
Abandonar uma criança ao nascer é uma decisão difícil de tomar, repleta de sofrimento e culpa para as mães em questão. Apesar disso, estas mulheres, até agora duas, estão determinadas a levar a cabo esta decisão, mesmo que estejam consumidas pela culpa.
O último caso data de 20 de janeiro de 2024, quando uma jovem de 20 anos abandonou o recém-nascido ao nascer na clínica Saint Valentin, localizada em Biakato. Após o parto, esta mulher fingiu ir embora para fazer suas necessidades, mas nunca mais voltou. Ela entregou o filho para adoção, deixando-o para trás sem qualquer explicação.
Este caso de abandono, tal como o anterior, preocupa os activistas dos direitos humanos que apelam a medidas legais para pôr fim a esta prática recorrente na região. Os motivos que levam essas mulheres a abandonar os filhos ao nascer são variados: falta de conhecimento, medo de julgamento, dificuldades financeiras ou sociais. Quaisquer que sejam as razões, é crucial sensibilizar as mulheres e as raparigas para evitar tais situações e prestar-lhes o apoio necessário.
Este problema do abandono dos bebés à nascença não deve ser encarado levianamente. É essencial compreender os factores que contribuem para esta situação, a fim de implementar medidas preventivas e de apoio às mães em dificuldade. A sensibilização, a educação e o apoio financeiro e social são caminhos a explorar para ajudar estas mulheres a lidar com a sua situação e a considerar outras alternativas para além do abandono.
Finalmente, é necessário sublinhar que o cuidado destas crianças abandonadas é também uma questão crucial a considerar. É importante ter sistemas de adoção seguros e eficazes para garantir o bem-estar e o futuro destes bebés.
Concluindo, o abandono de bebés à nascença em Mambasa é um problema urgente que requer atenção especial. É fundamental sensibilizar, apoiar e ajudar as mulheres em dificuldade para que não tomem esta decisão extrema. Ao mesmo tempo, devem ser tomadas medidas para garantir a protecção e o bem-estar das crianças vítimas deste abandono. A sociedade como um todo deve mobilizar-se para acabar com esta prática repetitiva e garantir um futuro melhor para estas crianças.