“A ascensão de Mamady Doumbouya: de coronel a general, que direção para a Guiné?”

A ascensão meteórica do coronel Mamady Doumbouya na Guiné continua a atrair a atenção. Depois de derrubar o presidente democraticamente eleito Alpha Condé e assumir o controlo do país, Doumbouya foi agora promovido ao posto de general, de acordo com um anúncio presidencial nas redes sociais.

Com apenas 43 anos, Doumbouya foi inicialmente encarregado de liderar o grupo de forças especiais encarregado de proteger o Presidente Condé contra potenciais golpes de estado. No entanto, ele rapidamente orquestrou o golpe de Setembro de 2021, marcando um ponto de viragem político na África Ocidental. Países como o Mali, o Burkina Faso e o Níger também passaram por convulsões políticas semelhantes desde 2020.

Como presidente de transição, Doumbouya comprometeu-se a implementar reformas abrangentes na Guiné, um país que ainda luta contra a pobreza, apesar dos seus abundantes recursos naturais.

Durante uma reunião na terça-feira, Doumbouya reuniu-se com todas as unidades militares da Guiné, dialogando com mais de 450 membros das forças de defesa e segurança, conforme destacou a presidência nas redes sociais. O comunicado revelou que todas as forças de defesa e segurança manifestaram o desejo colectivo de ver o chefe de Estado promovido ao posto de general.

Inicialmente relutante “na sua habitual modéstia”, Doumbouya aceitou finalmente esta prestigiosa promoção, segundo informações da presidência. Ao mesmo tempo, anunciou a sua decisão de deixar o cargo de comandante do grupo de forças especiais, dando lugar ao seu vice, o tenente-coronel Mouctar Kaba.

Sob o olhar atento da comunidade internacional, a junta comprometeu-se a entregar o poder aos civis eleitos no prazo de dois anos. Contudo, os críticos da oposição acusam a administração da junta de tomar um rumo autoritário.

A promoção de Doumbouya a general acrescenta uma nova dimensão ao seu reinado na Guiné. Embora alguns o vejam como um líder forte e determinado a provocar mudanças positivas, outros estão preocupados com as implicações para a democracia e os direitos humanos no país.

Resta saber como o Coronel Mamady Doumbouya cumprirá as suas responsabilidades como general e chefe de Estado nos próximos meses. A Guiné será acompanhada de perto pela comunidade internacional, que espera ver uma transição pacífica para um governo eleito e reformas democráticas para o país.

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