As notícias internacionais por vezes confrontam-nos com acontecimentos trágicos e chocantes, reflectindo a dura realidade de certas sociedades. Recentemente, o Irão ganhou as manchetes pela execução de um manifestante que sofria de problemas de saúde mental. Este caso levanta preocupações sobre a justiça e os direitos humanos neste país.
Segundo a agência de notícias judicial iraniana Mizan, Mohammad Ghobadlou foi executado pelo assassinato intencional de um responsável local durante os protestos em massa que abalaram o país em 2022. As autoridades iranianas sustentam que Ghobadlou derrubou o responsável durante uma manifestação em Robat Karim, na província de Teerão. No entanto, grupos de direitos humanos, como a Amnistia Internacional, criticaram o julgamento de Ghobadlou como uma farsa da justiça, caracterizado por “confissões” obtidas sob tortura e pela falta de avaliações rigorosas da sua saúde mental, apesar da sua deficiência.
Este caso destaca o tratamento impiedoso dos manifestantes no Irão, mas também a violação das normas internacionais que proíbem a aplicação da pena de morte contra pessoas com perturbações mentais. A história de Ghobadlou é particularmente comovente porque ele esteve sob supervisão de um hospital psiquiátrico para transtorno bipolar desde os 15 anos de idade.
A execução de Ghobadlou suscita pedidos de responsabilização por parte dos líderes do Irão e do seu sistema judicial. Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor do grupo Iran Human Rights, com sede na Noruega, chama a execução de uma “execução extrajudicial” e apela a fortes condenações internacionais. Este caso vem juntar-se à violência e à repressão que marcaram os protestos de 2022 no Irão, durante os quais centenas de pessoas foram mortas e milhares foram detidas.
É crucial que a comunidade internacional se mobilize e condene veementemente tais actos de violência e violações dos direitos humanos. A pressão diplomática e as sanções podem ajudar a provocar mudanças e fazer com que os países respeitem as normas internacionais de justiça e de direitos humanos.
Em conclusão, a execução de Mohammad Ghobadlou, um manifestante com problemas de saúde mental, destaca os desafios enfrentados pelas sociedades que violam os padrões internacionais de justiça e de direitos humanos. É essencial que a comunidade internacional se mobilize e exija reformas nestes países para garantir a protecção e o respeito dos direitos fundamentais de todos, incluindo as pessoas com perturbações mentais.