Câmara dos Lordes britânica opõe-se à ratificação do polémico tratado de migração com o Ruanda

Título: Câmara dos Lordes britânica opõe-se à ratificação do tratado de migração com Ruanda

Introdução :
Numa decisão em grande parte simbólica, a Câmara dos Lordes britânica apelou ao governo conservador para não ratificar um tratado de migração com o Ruanda. A medida reflecte a crescente oposição ao controverso plano de enviar alguns requerentes de asilo de volta ao país africano, que está actualmente bloqueado.

Desenvolvimento :
Numa votação, a Câmara dos Lordes votou pelo adiamento do tratado, o que abriria caminho ao plano de deportação. Embora esta votação tenha apenas um impacto limitado na prática, uma vez que a Câmara dos Lordes não pode bloquear um tratado internacional, demonstra, no entanto, a crescente oposição a este projecto. Alguns Lordes acreditam que é necessário demonstrar que Ruanda oferece um ambiente seguro antes de ratificar o tratado.

John Kerr, um antigo diplomata e membro da Câmara dos Lordes, disse que o plano com o Ruanda era “incompatível com as nossas responsabilidades” em matéria de direitos humanos ao abrigo do direito internacional. Ele acredita que não há justificação para ratificar este tratado em qualquer momento, tendo em conta considerações de direito internacional e reputação nacional.

O Primeiro-Ministro Rishi Sunak justifica este plano dizendo que irá dissuadir os migrantes não autorizados de atravessar o Canal da Mancha vindos de França e quebrar o modelo económico das redes de tráfico. No entanto, grupos de direitos humanos criticam o plano como desumano e impraticável. O Supremo Tribunal Britânico decidiu em Novembro passado que este plano era ilegal porque o Ruanda não garante segurança suficiente aos refugiados.

Conclusão:
O impasse entre o governo conservador e a Câmara dos Lordes sobre o tratado de migração com o Ruanda demonstra as divisões dentro do país sobre esta questão. À medida que o Governo tenta implementar o seu plano para “parar os barcos” e devolver os requerentes de asilo não autorizados, os Lordes sublinham a importância de garantir a segurança dos migrantes. Resta saber como evoluirá este debate e qual será a decisão final do Parlamento britânico.

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