“Reconstruir a República Democrática do Congo: o segundo mandato de Félix Tshisekedi, uma oportunidade crucial para um novo começo”

Reconstruir a República Democrática do Congo: aproveitar a oportunidade do segundo mandato de Félix Tshisekedi

O segundo mandato de Félix Tshisekedi como Presidente da República Democrática do Congo é uma oportunidade crucial para iniciar a revisão e reconstrução do país. No centro desta visão está a necessidade premente de restaurar a democracia, restaurar a segurança e enfrentar os desafios de identidade que têm dificultado o país durante décadas.

Um dos principais obstáculos a esta reforma é a presença persistente de grupos armados que mantiveram o país num estado de vulnerabilidade e desequilíbrio regional. Portanto, restaurar a segurança, tanto económica como socialmente, é um pré-requisito fundamental para qualquer progresso significativo. A segurança económica, alimentar, energética, produtiva, militar, educacional e de informação são os pilares essenciais sobre os quais a reforma da nação deve assentar.

Além disso, a República Democrática do Congo tem o potencial necessário para alcançar autonomia e auto-suficiência na produção de bens necessários ao seu desenvolvimento. A restauração desta autonomia e soberania é essencial para libertar o país da sua dependência externa e permitir-lhe assumir o controlo do seu próprio destino.

O segundo mandato de Félix Tshisekedi deve, portanto, ser o da ambição nacional, centrado na reconstrução da nação, na restauração da democracia e na construção de um futuro onde o povo congolês possa encontrar esperança. Este ambicioso projecto exigirá estratégias realistas em todas as áreas, acompanhadas de um firme compromisso com a segurança, a autonomia e a soberania.

O povo congolês não deve permitir que as sombras do passado obscureçam a luz do seu futuro. O objectivo deste novo mandato deve ser um sonho colectivo com um prazo claro. As portas do nosso destino comum já estão abertas, mas só quem se atrever a empurrá-las terá acesso a um futuro melhor. O maior fracasso seria não ter coragem de desafiar os maus presságios. Ousemos ser ousados!

Este artigo foi escrito por Teddy Mfitu, polímata, pesquisador e escritor especializado na reconstrução da República Democrática do Congo. É também consultor sênior do CICPAR.

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