“Cenaref, BCC e Arca colaboram na luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo na RDC”

A colaboração entre a Unidade de Informação Financeira (Cenaref) e a Autoridade de Regulação e Controlo de Seguros (Arca) na luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo é um tema quente. Estas duas instituições, bem como o Banco Central do Congo (BCC), são designadas como autoridades de supervisão dos setores financeiro e não financeiro, de acordo com a Lei n.º 22/068 de 27/12/2022.

Numa comunicação recente, o Secretário Executivo do Cenaref destacou os riscos significativos de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo nas instituições financeiras, devido ao uso significativo de dinheiro e falhas nos mecanismos de controlo. Reconheceu também que o sector segurador, embora altamente financeiro, não está imune a estes riscos.

Esta colaboração entre Cenaref, BCC e Arca surge na sequência de uma avaliação realizada pelo Grupo de Acção contra o Branqueamento de Capitais na África Central (GABAC) em 2021. Esta avaliação revelou que os sistemas de combate ao branqueamento de capitais na RDC não cumprem as normas internacionais, levando o GABAC a classificar o país como em risco de lavagem de dinheiro. Como resultado, o Grupo de Acção Financeira (GAFI) colocou a RDC na sua “lista cinzenta” de países sob vigilância reforçada. Foi desenvolvido um plano de ação para remediar esta situação, envolvendo nomeadamente uma estreita colaboração entre o Cenaref, o BCC e a Arca.

É importante ressaltar que o Cenaref não tem o poder de colocar Arca na “lista negra”, ao contrário do que vem sendo divulgado em alguns meios de comunicação. Pelo contrário, o governo está empenhado em apoiar estas instituições na sua missão e foi criado um grupo de trabalho para coordenar os seus esforços.

A Arca já propôs um roteiro que compreende cinco grandes eixos para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo no setor de seguros. Isto inclui o estabelecimento de regulamentos, uma unidade interna dedicada, um programa de sensibilização e formação, bem como mecanismos de controlo e sanção que entrarão em vigor em 2025.

Em conclusão, a colaboração entre Cenaref, BCC e Arca na luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo na RDC é um passo importante na resolução das deficiências identificadas pelo GABAC. Esta colaboração reforçará a segurança financeira do país e contribuirá para a sua saída da “lista cinzenta” do GAFI.

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