Os escândalos de corrupção envolvendo ministros do governo estão a causar grande preocupação entre os nigerianos. O recente caso do Ministro da Acção Humanitária, Sadiya Umar Farouq, sublinhou mais uma vez a necessidade de uma investigação exaustiva e de responsabilização dos perpetradores.
Numa publicação na sua conta X-handle, o ex-governador do estado de Anambra, Peter Obi, saudou a suspensão do ministro e apelou ao governo para conduzir uma investigação completa sobre o assunto. Segundo ele, é necessário abordar o problema da corrupção no sector público com a urgência que merece.
Obi expressou decepção pelo fato de um ministério criado com o objetivo de atender às necessidades das massas sofredoras ter se tornado um meio de desviar fundos destinados aos mais pobres. Ele ressaltou que a suspensão do ministro não deve ser uma ação de fachada, mas servir de base para punir todos os responsáveis.
O escândalo financeiro envolve a alegada apropriação indébita de 585 milhões de nairas (cerca de 1,3 milhões de dólares) de fundos públicos destinados ao alívio da pobreza. Este caso surge pouco depois da investigação ao desvio de 37 mil milhões de nairas (cerca de 82 milhões de dólares) pelo ex-ministro da mesma pasta.
Obi denunciou o facto de que somas tão elevadas destinadas a ajudar os mais pobres poderiam ser desviadas por funcionários corruptos. Sublinhou a necessidade de uma investigação exaustiva de todos os casos de fraude e corrupção envolvendo altos funcionários do governo.
Ele também apelou ao governo para que utilize estes casos para iniciar uma verdadeira reforma sistémica na luta contra a corrupção no governo. É essencial que sejam tomadas medidas para garantir a responsabilização dos funcionários envolvidos nestes delitos.
Em conclusão, a suspensão do Ministro da Acção Humanitária não deve ser vista como um fim em si mesma, mas como o ponto de partida para uma investigação mais aprofundada sobre a corrupção dentro do governo. É hora de mostrar aos nigerianos que a luta contra a corrupção é uma prioridade máxima e que os culpados serão punidos.