Neste artigo, analisaremos a situação alarmante dos serviços médicos em Gaza, através do testemunho comovente de um cirurgião canadiano que acaba de regressar da região.
O Dr. Anas Al-Kassem descreve uma escassez dramática de equipamentos médicos e suprimentos essenciais. A falta de máquinas como tomógrafos é preocupante, sem falar na insuficiência de medicamentos como analgésicos e antibióticos. Em algumas situações, o cirurgião ainda teve que suturar pacientes sem anestesia, a fim de preservar recursos para procedimentos cirúrgicos de grande porte.
O Dr. Al-Kassem disse à CNN: “Acho que a situação é pior do que eu esperava. O bombardeamento israelita em Gaza é mais intenso do que o que experimentei em Aleppo durante a guerra civil síria”. Estas declarações reflectem a realidade devastadora que actualmente assola a região.
Entretanto, as Nações Unidas informaram que as autoridades israelitas recusaram uma missão planeada pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) e pela Organização Mundial da Saúde para entregar os suprimentos tão necessários ao norte de Gaza, em 8 de Janeiro. Esta foi a quinta missão recusada desde 26 de Dezembro, privando cinco hospitais no norte de Gaza do acesso aos suprimentos médicos necessários.
O número de vítimas humanas é terrível: mais de 23.210 mortos e quase 60.000 feridos desde 7 de Outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. No entanto, é difícil confirmar estes números de forma independente, devido ao acesso restrito à região e às dificuldades na verificação de dados precisos no meio do conflito.
Estas tristes realidades lançam uma luz dura sobre a crise humanitária em curso em Gaza. A população deste enclave palestiniano enfrenta grandes desafios de saúde, com infra-estruturas médicas dilapidadas e acesso limitado a produtos essenciais. Esta situação trágica está a causar preocupação internacional e a levantar questões sobre a urgência de encontrar soluções para enfrentar esta crise humanitária.
É necessário sensibilizar o público para a situação em Gaza e encorajar a acção internacional para apoiar os serviços médicos e humanitários na região. O povo de Gaza merece um acesso adequado aos cuidados de saúde e aos medicamentos, a fim de preservar a sua dignidade e as suas vidas.
Em conclusão, a terrível situação médica em Gaza é um sinal de alerta que não pode ser ignorado. A insuficiência de recursos médicos e a negação de acesso a suprimentos vitais colocam em risco a vida de milhares de palestinos. Chegou a hora de a comunidade internacional se mobilizar para prestar assistência concreta e pôr fim a esta crise humanitária.