“Luta contra o financiamento do grupo terrorista M23: retirada dos direitos mineiros de certas empresas na província de Haut-Uele”
O presidente do conselho de administração do Cadastro Mineiro (CAMI), Crispin Mbindule, anunciou recentemente uma medida forte no combate ao financiamento do grupo terrorista M23. Com efeito, certas empresas que operam na província de Haut-Uele verão os seus direitos mineiros retirados devido ao seu alegado envolvimento no financiamento deste grupo armado.
Segundo Crispin Mbindule, estas empresas seriam utilizadas por Corneille Nangaa, antigo presidente da CENI e actual aliado do M23, para financiar as actividades desta rebelião. Ele declarou: “Soubemos que Nangaa está financiando o movimento M23 de certas empresas que operam na província de Haut-Uele e que essas empresas estão sob sua gestão através de intermediários. Ministério de supervisão que podemos retirar os direitos de mineração destas empresas. Não podemos aceitar que o Sr. Nangaa possa usar a riqueza do país contra o povo congolês.
Esta decisão surge na sequência de uma série de medidas tomadas pelas autoridades congolesas para combater o financiamento de grupos armados na região. O grupo terrorista M23, o braço secular do exército ruandês, ocupa várias localidades na província do Kivu do Norte e constitui uma grande ameaça à estabilidade da República Democrática do Congo.
É importante sublinhar que Corneille Nangaa é também o fundador do movimento político-militar “Alliance Fleuve Congo” e é acusado de ter criado empresas mineiras geridas por intermediários para financiar o M23. Esta decisão de retirar os direitos mineiros a estas empresas constitui, portanto, um passo importante na luta contra o financiamento de grupos armados e na preservação dos recursos do país em benefício da população congolesa.
Esta medida de retirada dos direitos mineiros visa privar estes grupos armados de qualquer fonte de rendimento e pôr fim à sua influência prejudicial na região. Demonstra o compromisso do governo congolês em combater o terrorismo e garantir a segurança das populações locais.
É essencial prosseguir os esforços neste sentido, a fim de garantir a paz e a estabilidade na região e permitir que os congoleses beneficiem dos recursos naturais do seu país para o seu desenvolvimento económico e social. A retirada dos direitos mineiros destas empresas envia uma mensagem forte: a RDC não tolerará a utilização da sua riqueza para financiar grupos terroristas.
Em conclusão, a decisão de retirar os direitos mineiros a certas empresas na província de Haut-Uele é um passo importante na luta contra o financiamento do grupo terrorista M23. Demonstra a determinação do governo congolês em combater o terrorismo e preservar os recursos naturais do país para o benefício da sua população. É crucial continuar a tomar medidas fortes para garantir a paz e a estabilidade na região e permitir o desenvolvimento económico e social da RDC.